Antes de tudo, o que é uma falha?
Uma falha é uma superfície de fratura ao longo da qual ocorreu
movimento relativo dos blocos fraturados, sendo esse movimento chamado de rejeito. As falhas podem resultar da
actuação de qualquer tipo de tensão (compressiva, distensiva ou cisalhante) em
rochas com comportamento frágil.
Porquê
que é importante conhecer este tipo de estruturas geológicas?
É importante conhecer este tipo de estrutura geológica pois, após a
formação de uma falha esta pode manter-se activa por tempo indefinido, levando
à formação de sismo por libertação da tensão acumulada, tendo neste caso uma
falha activa. Uma falha activa é uma estrutura geológica que resulta de fratura
de rochas com formação de blocos que se deslocam uns em relação aos outros. A
fronteira entre placas é um exemplo de falha activa e durante a sua actividade
podem-se formar novos sistemas de falhas, na sequência da libertação de energia
libertada ao longo do plano de falha tectónica.
Particularizando para o caso de
Ribeira d’Ilhas em Ericeira:
A falha de Ribeira d’Ilhas não é uma falha de desligamento,
pois não houve movimentos horizontais.
A questão que se coloca agora é: como podemos descobrir se uma falha é inversa ou
normal?
Basta
olhar-mos para uma determinada camada do tecto ou do muro e observar se esta
desceu ou subiu relativamente ao plano de falha. Nós sabemos que o muro é o que
se situa abaixo do plano de falha e o tecto é o que se encontra acima do plano
de falha. Se essa camada (pertencente ao tecto) tiver descido em relação ao
plano de falha então é uma falha normal, se tiver subido é uma falha inversa,
que é o caso de Ribeira d’ Ilhas.
Na zona norte da praia para além das falhas são possíveis
estudar ainda filões, ou seja, intrusões magmáticas após a ocorrência da falha
e ainda orbitolinas, fósseis de animais que habitavam em mares quentes, pouco
profundos e calmos. Muito provavelmente esta zona seria um recifal há milhões
de anos atrás. A Formação Ribeira
d’Ilhas,
de idade Barremiano (Era Mesozóica,
Período Cretácico), é constituída
litologicamente na base, por calcários argilosos e margas, a que sobrepõem uma
fácie dominante de calcários arenosos com estratificação oblíqua, dolomias a
margas lenhitosas pretas.
Para além da praia de Ribeira d’Ilhas,
também é possível encontrar falhas inversas no Complexo Vulcânico de
Lisboa-Mafra, na Bacia do Paraná em Campinas, nos EUA, …
Imagens dessas falhas:
Falhas inversas em arenitos (tons
claros na foto), lamitos (tons escuros, rocha sedimentar formada pela
litificação de silte e argila em proporções variáveis) e conglomerados (aspecto
pontilhado), bairro DICs, leste de campinas (as setas representam o movimento
dos blocos)
A-
tecto; B- muro
Camadas
de piroclastos (tufos) no Complexo Vulcânico de Lisboa-Mafra, deslocadas por
efeito de uma falha inversa (compressiva) (as setas representam o movimento dos
blocos, sendo que o tecto é o bloco que está à esquerda (A) e o bloco o que
está à direita é o muro (B))
Falha
inversa nos EUA (as setas representam o movimento dos blocos, sendo que o muro
é o bloco que está à esquerda (A) e o bloco o que está à direita é o tecto (B))
Minha opinião:
Quanto à minha opinião, acho que
foi importante realizar este trabalho, não só para complementar a matéria dada,
mas também permitiu conhecer a época de formação de Ribeira d’Ilhas, que
remonta-nos para a Era Mesozóica.
Referências bibliográficas:
|
|
O post está muito giro, mas tens que corrigir os erros.
ResponderEliminarO post está muito giro, mas tens que corrigir os erros.
ResponderEliminar